O cuidado visual se mistura ao DNA de minha família. Minha avó materna, Dona Neusinha, era coordenadora pedagógica de uma escola para deficientes visuais em Fortaleza, Ceará.

Mãe e tios cresceram brincando com os alunos da escola, que muitas vezes passavam finais de semana na casa dos meus avós, que ficava próximo e albergava muitos daqueles que não podiam arcar com os custos de ir embora para as casas das próprias famílias no interior do estado. Minha mãe e tia tornaram-se oftalmologistas.

Sempre fui curioso e acabava acompanhando o trabalho da mãe. Consultas, visitas a hospitais... Na falta de babá, ainda criança, até em centro cirúrgico ia... Do carinho e gratidão dos pacientes e seus familiares surgiu uma admiração que fez surgir a vontade de ser médico e, também, oftalmologista. Achava o máximo.

Fiz residência no Hospital Oftalmológico de Sorocaba, referência no mundo em transplante de córnea, mas acabei realmente me interessando pelas doenças da retina e o relacionamento de confiança que se estabelece entre o retinólogo e seus pacientes.

Sendo assim, busquei um outro local referência, agora, em retina, a USP, em Ribeirão Preto. E essa passada foi decisiva em toda a vida familiar. De tanto gostar da cidade, acabei fincando pé com minha esposa, também cearense, e resolvemos criar nossos filhos (ribeirão pretanos) aqui.

Da vontade de servir, surgiu a Eyestein oftalmologia, um serviço criado para que o paciente se sinta em casa e o protagonista de sua história de cuidado visual.